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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Itabuna, 102 anos. Dá pra comemorar algo?


Itabuna, cidade localizada na macrorregião sul da Bahia e microrregião Ilhéus-Itabuna. Em 102 anos de vida, já foi palco de diversos acontecimentos e já chegou a ser a terceira força econômica do Estado, atrás somente da capital Salvador e Feira de Santana. Itabuna hoje conta com sérios problemas, que não são sanados há muito tempo. A cidade que viveu os tempos áureos do cacau, até mesmo com certas extravagâncias devido ao poderio financeiro, hoje convive com noticiários que  a expõe ridicularmente a nível nacional e internacional. A capital do cacau, virou a capital da dengue, a capital da violência urbana e até a capital do lixo, esta última "carinhosamente" apelidada de RAINHA DA SUCATA! É meus amigos e amigas, Itabuna regrediu por demais no tempo. E de quem é a culpa? Nossa? Em certo ponto, sim, pois somos nós que escolhemos nos últimos anos os governantes que mandaram e desmandaram em nossa cidade. Sucateando áreas essenciais para o bem estar da população, como a saúde por exemplo. Outro problema grave em nossa cidade, se chama ESGOTO. Se pagamos uma taxa de esgoto na conta de água, qual seria o motivo dele não ser tratado e ser diretamente jogado no rio Cachoeira? Por que não revitalizar todas as estações de tratamento de esgoto da cidade ao invés de só cortarem o capim da beira do rio? Vai entender! O Transporte público é outra piada itabunense. Linhas mal distribuídas, horários quase nunca cumpridos e o pior: R$ 2,20 por trechos que as vezes nem chega a 3 Km. E estão estudando o aumento da passagem para R$ 2,60. Só não houve o aumento no mês passado, por uma questão: tem gente que é candidato a reeleição! A saúde, meu Deus! A saúde é uma brincadeira aqui. Sim, brincadeira! Meu amigo(a), se você não tem um bom plano de saúde para ser atendido no Hospital Calixto Midlej, você corre o risco de ser feito de "ping-pong" entre os hospitais São Lucas e o de Base. Este último, popularmente conhecido como "Açougue de Base", acho que nem preciso explicar os motivos do apelido, não é? E a buracolândia?!?! Meu amigo(a), se você pega um ônibus em Itabuna e senta nas cadeiras do fundo, você vai saber o que é EMOÇÃO! Cada vez que os ônibus passarem em um buraco na cidade, você vai nas alturas literalmente, correndo o risco até de bater a cabeça no teto do veículo! Pessoas com problemas de coluna, esqueçam o "fundão do buzú". Existem diversos outros problemas, que não vale a pena nem elencar neste momento. O que eu tenho de bom para falar de Itabuna? O que tenho de bom para falar de Itabuna é que mesmo com todos esses problemas que ninguém toma nenhum tipo de providência, eu continuo amando essa terra onde Deus me presenteou para construir a minha vida! Amo demais a minha Itabuna! Tão humilhada, tão maltrada, mas pelo menos por mim nunca deixará de ser amada! Eu acredito que um dia ela retornará ao lugar que nunca deveria ter saído: O posto de maior cidade do interior baiano!!! Abaixo segue um vídeo que eu mesmo fiz para comemorar os 99 anos de Itabuna, em 2009. A música é o antigo hino da cidade, que por ignorância e falta de divulgação, deixou de ser o hino oficial. Lamentável!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O Haiti e sua crise sem fim

Ficheiro:Flag of Haiti.svg
 

 “O Haiti é um país em que 10% das pessoas vão a escolas, e 80% ou mais são pobres. A situação não pode ficar assim. É preciso fazer algo.”

Além de ser o país mais pobre das Américas, o Haiti vivia o avanço de rebeldes armados, que tomaram algumas cidades no interior e exigiam a renúncia do presidente Jean-Bertrand Aristide.

O bem e o mal

Em 1990, quando foi eleito pela primeira vez, Aristide representava uma esperança de que o país finalmente deixasse para trás os 30 anos de ditadura da família Duvalier.

François Duvalier (conhecido como “Papa Doc”), que governou de 1957 a 1971, e seu filho Jean-Claude Duvalier (o “Baby Doc”), de 1971 a 1986, são considerados por analistas dois dos mais violentos governantes da história.

Para assegurar o controle do país, os dois líderes haitianos empregavam os chamados Tonton Macoutes – guardas armados do presidente, que reprimiam violentamente a oposição.

“Esse processo de transição, depois da queda de (Jean-Claude) Duvalier, teve uma série de governos provisórios, até que as eleições foram organizadas em 1990”, explica o ex-senador Serge Gilles, atualmente um dos coordenadores do Partido Pampra, de oposição.

“Foi nessa eleição que foi formada a dicotomia: o Satã e o Cristo. Aristide representou o Cristo, os duvalieristas, o diabo.”

“Foi fácil para Aristide. Como o povo não tinha educação política sobre a democracia, foi fácil apresentar o problema ao povo assim, como visões de Deus e o Diabo.”

Trajetória

Aristide, um ex-padre de raízes humildes, ganhou projeção em discursos inflamados que fez, durante os anos 80, em uma das áreas mais pobres de Porto Príncipe.

Quando eleito pela primeira vez, o atual presidente gozava de grande popularidade, assim como o seu partido, o Lavalas.

Mas, meses depois de ter sido eleito, Aristide foi afastado do poder em um golpe de Estado.

Fugindo para os Estados Unidos, o presidente liderou esforços para convencer a comunidade internacional a intervir, que culminaram com a invasão do país por cerca de 20 mil soldados americanos, em 1994.

Restituído no poder, ele foi sucedido na Presidência por René Preval, mas seria reeleito em 2000, em eleições que a oposição considera terem sido fraudulentas.

Desde então, a tensão tem aumentado, com a formação de frentes amplas de oposição, como a Convergência Democrática, cujo principal objetivo é afastar Aristide do poder.

Desperdício

“De maneira clara, evidente, começou a virar ditador depois de sua volta”, diz Gilles, dizendo que o fato de ter sofrido um golpe de Estado foi uma desculpa para Aristide assumir suas posições que, segundo ele, são “anarcopopulistas”.

“Penso que o Lavalas (partido de Aristide) é fruto do sistema de Duvalier”, diz ele. “O anarcopopulista é contra as instituições, o Estado, contra tudo o que é organizado.”

Entretanto, para Richard Widmaier, diretor da rádio Metropole, de Porto Príncipe, o problema de Aristide não é a ideologia que ele representaria, mas sim o fato de ele ter lidado de maneira inconseqüente com as expectativas do povo haitiano.

“Em um país tão pobre como o Haiti, é difícil para qualquer pessoa resolver todos os problemas (...). Mas Aristide disse ao povo que faria isso, prometeu. Mas ele não cumpriu, nem poderia”, afirma.

“Aristide é como uma pessoa que está jogando pôquer e têm um grande conjunto de cartas na mão, mas não as aproveita. (...) Ele tinha tudo.”

Otimismo

Para Widmaier, a violência que se espalhou pelo interior do Haiti tem raízes profundas que precisam ser arrancadas se o país quiser se tornar verdadeiramente democrático.

“É tentador dizer que há padrões que vêm sendo seguidos. Padrões de comportamento, de pensamento. Começamos há 200 anos, e os heróis haitianos, que expulsaram os franceses, continuaram a usar as mesmas técnicas que os franceses usavam para se manter no poder”, disse ele.

“Nós temos que mudar a mentalidade haitiana, para que possamos entender a democracia.”

Mas Widmaier foi otimista quanto ao futuro do país. “O que estamos vendo agora, talvez, possa nos levar pela primeira vez à democracia.”

A ofensiva rebelde no interior do Haiti já deixou muitos mortos desde o dia 5 de fevereiro de 2004, quando os rebeldes tomaram uma série de cidades no oeste do país.

O presidente Aristide insiste que não tem a intenção de renunciar, como quer a oposição, e que só vai deixar o poder em 2006, quando seu atual mandato chega ao final.

O que estava por trás das manifestações e da greve geral?

A oposição no Haiti esperava que as atenções da comunidade internacional por causa dos 200 anos de independência do país ajudassem a por fim ao regime de Jean-Bertrand Aristide, contra o qual se colocavam desde as disputadas eleições de 2000. Os opositores do presidente temiam que ele estimulasse irregularidades nas eleições legislativas programadas para aquele ano e tentasse um terceiro mandato em 2005.

Essas manifestações se tornaram cada vez mais violentas nos últimos meses de 2004, especialmente em zonas rurais como Gonaives e Cap-Haitien. Grupos de oposição e partidários do governo entraram em choque, deixando um saldo de vários mortos. Ambos os lados se culpavam pela violência e, aparentemente, moradores das favelas mais pobres desejavam dar apoio a quem pagá-los.

Quem é a oposição?

A principal oposição formou uma coalizão chamada "Grupo de 184" – supostamente o número de partidos políticos, associações cívicas, sindicatos e grupos empresariais que a compunha. A coalizão não tinha um líder formal, embora o empresário André Apaid, detido por duas semanas no final de novembro de 2004, se colocasse como seu porta-voz.

Quais são as queixas da oposição?

Originalmente, a oposição protestava contra a reeleição de Aristide em 2000 e alegava fraude nas eleições legislativas da época. Ela boicotou o Congresso e se recusou a cooperar com iniciativas do governo.

Desde então, os opositores de Aristide passaram a reclamar da deterioração da situação econômica e da falta de diálogo político. Na época havia um impasse em relação às eleições legislativas marcadas para 2004 – não houve acordo sobre quem deveria ser indicado para a comissão eleitoral que deveria preparar o pleito.

A oposição também se recusava a participar das eleições a menos que Aristide renunciasse à presidência. Assim, os oposicionistas pediram a formação de um governo de transição liderado por um representante da Corte Suprema, e um conselho de nove membros.

Qual foi o envolvimento da comunidade internacional no Haiti?

No dia 1º de janeiro de 2004 o Haiti comemorou 200 anos de independência da França, o poder colonial que governou o país a partir de 1697. Em um ato público do presidente Aristide antes das comemorações ele pediu que a França desse ao país US$ 21 bilhões em "reparações". O governo francês não respondeu ao pedido. A influência da França no país era principalmente de ordem cultural, o sistema de educação ainda era baseado em princípios franceses e as aulas eram dadas em francês.

Em 1915, fuzileiros americanos invadiram o Haiti para resgatar a "dívida" do Haiti para com os Estados Unidos. Os americanos permaneceram no país por quase 20 anos e se retiraram diante da crescente resistência de rebeldes haitianos.

Em 1994, forças americanas retornaram ao Haiti para ajudar a recolocar no poder o presidente Aristide. As Nações Unidas empreenderam uma missão para reorganizar a polícia, o Judiciário e dar ajuda humanitária. A ONU se retirou depois das eleições de 2000 sem atingir seus objetivos.

Desde então, a Organização dos Estados Americanos fez várias tentativas de promover negociações entre o governo e a oposição. No momento, a organização ainda tenta mediar um acordo para a Comissão Eleitoral.

O presidente Aristide fracassou no governo?

Ele foi a figura dominante da política do Haiti nos últimos 15 anos.

Antes dos protestos, ele já havia sido o fator de instabilidade política no país.

Ele e seus aliados afirmavam que ele não conseguira levar adiante uma agenda de reformas em razão da oposição dos Estados Unidos e da falta de apoio da comunidade internacional.

A situação econômica haitiana se complicou ainda mais nos últimos anos. Apenas uma parcela pequena da economia formal sobreviveu, e as principais exportações, como café e rum, são praticamente nulas.

As poucas indústrias de peças e montagem de produtos para os Estados Unidos também sucumbiram. O turismo despencou.

A única área que parece registrar crescimento é o narcotráfico. O Haiti tem uma localização ideal para embarcações que levam drogas da América Latina rumo aos Estados Unidos.

Em razão da Aids e de outros problemas de saúde, a expectativa média de vida da população do Haiti é hoje de apenas 49 anos.
Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de proporções catastróficas, com magnitude sísmica 7,0 na escala de magnitude de momento (7.3 na escala de Richter), atingiu o país a aproximadamente 22 quilômetros da capital, Porto Príncipe. Em seguida, foram sentidos na área múltiplos tremores com magnitude em torno de 5.9 graus. O palácio presidencial, várias escolas, hospitais e outras construções ficaram destruídos após o terremoto e estima-se que 80% das construções de Porto Príncipe foram destruídas ou seriamente danificadas. O número de mortos não é conhecido com precisão. Em 3 de fevereiro, o Premiê Jean-Max Bellerive afirmou que já passa de 200 mil o número de óbitos, e o número de desabrigados pode chegar aos três milhões. Diversos países disponibilizaram recursos em dinheiro para amenizar o sofrimento do país mais pobre do continente americano. O presidente norte-americano Barack Obama, afirmou logo após a tragédia que o povo haitiano não seria esquecido, obrigando a comunidade internacional a refletir sobre a responsabilidade dos países que exploraram e abandonaram o Haiti. Segundo as Nações Unidas, o sismo foi o pior desastre já enfrentado pela organização desde sua criação em 1945.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Vulcões


Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes (como cinza vulcânica) "escapam" para a superfície terrestre através de falhas na crosta terrestre. Eles ejetam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, interferindo no clima. São frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, os vulcões apresentam formato cónico e montanhoso. A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre natural, por vezes de consequências planetárias. Assim como outros desastres dessa natureza, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre outros, tendem a desvalorizar os imóveis localizados em suas vizinhanças, prejudicam o turismo, interrompem o tráfego aéreo e consomem a renda pública e privada em reconstruções. Na Terra, os vulcões tendem formar-se junto das margens das placas tectónicas. Existem exceções quando os vulcões ocorrem em zonas chamadas de hot spots (pontos quentes), que são locais aonde o manto superior atinge altas temperaturas. Os solos nos arredores de vulcões formados de lava arrefecida, tendem a ser bastante férteis para a agricultura.

O que é tornado, ciclone, tufão e furacão?

Furacão ou Tufão (como é chamado em alguns países) é uma tempestade um pouco menor, porém, mais vigorosa do que um Tornado, está localizada na zona tropical, com sua banda de nuvens com giro em forma circular, apresentando vento com velocidade acima de 64 nós. O diâmeto de um Furacão é de cerca de 800 km. A área circular no seu centro é conhecida como o "olho do furacão". Tufão e Furacão são a mesma coisa, dois nomes diferentes para ciclone tropical. Em cada parte do mundo ele tem um nome diferente. O ciclone tropical se origina do aquecimento do oceano, a aproximadamente 5º de latitude norte ou sul. Quando a água atinge 27,5º C inicia-se uma depressão tropical, que é formada por muitas e muitas nuvens Cumulonimbus  girando ao redor de um centro de baixa pressão (depressão = baixa). A velocidade dos ventos aumenta até a depressão virar uma tempestade tropical. Quando o vento atinge 64 nós ou 120km/h, então a tempestade torna-se um ciclone tropical ou Furacão. O furacão pode ter mais de 1000 quilômetros de diâmetro. O olho ou centro do furacão chega a ter 20km de diâmetro. No olho o vento é calmo, a pressão é muito baixa e o céu é quase limpo.

Tornado é o distúrbio mais violento da atmosfera; é uma coluna de ar com rotação intensa que se estende a partir da base de uma nuvem de tempestade. Algumas vezes chamados de "twisters" ou CICLONE, podem aparecer como trombas ou grandes cilindros circulares. A maioria tem menos que 1 km e muitos são menores que um campo de futebol. Os ventos em um Tornado nunca alcançam o solo e a maior parte surge da base da nuvem como um funil com rápida rotação. Geralmente mergulham para a superfície e sobem novamente desaparecendo. O tornado se origina de uma única nuvem Cumulonimbus (CB), quando esta atinge o nível de supercélula, ou seja, fica tão grande que começa a despencar. A baixa pressão à superfície faz com que a base da nuvem comece a girar e surge então uma nuvem anexa chamada de nuvem funil. Quando este funil toca o solo passa a ser chamado de tornado. Ele tem alguns metros de diâmetro e seus ventos podem atingir mais de 300km/h.


Terremotos

Terremoto ou abalo sísmico é um movimento brusco e repentino do terreno resultante de um falhamento. Portanto, a ruptura de uma rocha é o mecanismo pelo qual o terremoto é produzido. Essa ruptura causa a liberação de uma grande quantidade de energia, a qual gera ondas elásticas que se propagam pela Terra em todas as direções.
As rochas comportam-se como corpos elásticos e podem acumular deformações quando submetidas a esforços de compressão ou de tração. Quando esse esforço excede o limite de resistência da rocha esta se rompe ao longo de um plano, novo ou pré-existente de fratura, chamado falha.
Normalmente não é o deslocamento na fratura que causa maior estrago, mas sim as vibrações (ondas elásticas) que se propagam a partir da fratura. Na maior parte das vezes a fratura nem atinge a superfície, mas as vibrações podem ser fortes o suficiente para causar danos consideráveis.
As forças tectônicas que causam os sismos são devidas aos processos dinâmicos que ocorrem no interior da Terra, principalmente os lentos movimentos de convecção no manto, responsáveis pela deriva dos continentes.

Abaixo segue um vídeo, relatando um dos mais fortes terremotos, ocorrido na cidade de Kobe, Japão. Onde o grau de magnitude na escala Richter chegou a 7.3! (A escala Richter vai de 0 a 9)