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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Por que o Brasil é campeão mundial de cesarianas?

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice razoável de cesáreas é de 15% dos nascimentos, mas 43% dos brasileiros vêm ao mundo por esse método (80% na rede particular). Há consenso de que o parto normal é menos arriscado para a mãe e o bebê do que uma cesárea, recomendada só quando há complicações. Palavra do Ministério da Saúde e até da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O “ouro” do Brasil é responsabilidade de médicos, gestantes e do sistema hospitalar. Para o obstetra Carlos Eduardo Czeresnia, do Hospital Albert Einstein, médicos indicam a cirurgia por medo de processos: a cesárea tornaria o obstetra mais defensável se algo desse errado, por ele se ater a rígidos procedimentos operatórios. “Por isso, o médico começa a criar medos na cabeça da gestante, dá razões esdrúxulas pra fazer uma cesárea”, afirma.
Além disso, é mais prático para ambas as partes fazer uma cirurgia de uma hora do que dedicar 12 horas a um trabalho de parto – pelo qual, aliás, o médico recebe menos –, cancelando um dia inteiro de consultas. Por fim, muitas gestantes vêem na cirurgia menos dor e mais segurança.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até criou novas normas para as maternidades, visando diminuir as cesáreas desnecessárias. Infelizmente, o buraco é mais embaixo.

O índice de cesarianas no Brasil é 3 vezes maior que o recomendado:


Brasil –  43% dos partos são cesáreas
Brasil – na rede pública 29% dos partos são cesáreas
Brasil – na rede particular 80% dos partos são cesáreas
O índice indicado pela OMS de cesáreas é de 15%
Na Holanda o índice de partos cesáreas corresponde a 10%.

Fonte: Superinteressante

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