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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

CARTA ABERTA CONTRA A FALSA PACIFICAÇÃO‏.


           Excelentíssimos senhores Chefes de Governo, de Estado e representantes da alta hierarquia das nações; venho pedir-lhes, através desta missiva, a interrupção da nova “paz armada”, pois as nações possuem consciência e discernimento para compreender o que ocorre com o mundo neste momento.

            A Primavera Árabe, os conflitos entre Israel-Palestina, os ataques de 11 de setembro e a morte de milhões de indivíduos inocentes são mais do que uma ratificação da intolerância derivada da centralização do poder e do egoísmo exacerbado entre os integrantes da sociedade contemporânea.

            As verdadeiras relações amigáveis precisam fluir do ato de fraternidade entre os seres, e não com intervenções militares e paradigmas utilizados para alcançar a cúpula da hegemonia política. Por esta razão, o “Estado-Maior” deveria se preocupar em orientar a nação a refutar os desentendimentos e coordenar perspectivas de um mundo mais fraterno, causando influências aos demais integrantes do hodierno regime socioeconômico.

            A impossibilidade de um mundo mais humano (no melhor sentido da palavra) está no censo imaginativo dos cidadãos. Porém, se constitui como perceptível, também, a formação de um mundo mais solidário, não baseado na vingança. Mohandas Gandhi provou através de seus métodos pacíficos a possibilidade de um “imaginário pacificador”, desta forma, concluiu que “olho por olho, e o mundo acabará cego”.

            Convém, pois ao “Estado-Maior” abdicar da utilização de recursos bélicos para efetivar a (superficial) paz, e cabe aos senhores compreenderem esta tão difícil solução em um meio que, segundo o geógrafo Milton Santos, se constitui como “técnico-científico-informacional” (VEDOVATE, F. C. Araribá Geografia 9. São Paulo: Moderna, 2010. 38 p.). Contudo, a dissolução das problemáticas é necessária, do contrário, é aconselhável iniciar a execução do epitáfio da paz.

 

Cordialmente,

*Ítalo Yan Santos França.
* Ítalo Yan é aluno da 8ª série/9º ano da Escola Geórgia.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

NORDESTE: O polígono das secas.

 
 
Introdução

Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas. Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do norte de Minas Gerais.
 
Causas da Seca

As principais causas da seca do nordeste são naturais. A região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante o ano. Esta área recebe pouca influência de massas de ar úmidas e frias vindas do sul. Logo, permanece durante muito tempo, no sertão nordestino, uma massa de ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas).

O desmatamento na região da Zona da Mata também contribui para o aumento da temperatura na região do sertão nordestino.

Características da região

- Baixo índice pluviométrico anual (pouca chuva);
- Baixa umidade;
- Clima semi-árido;
- Solo seco e rachado;
- Vegetação com presença de arbustos com galhos retorcidos e poucas folhas (caatinga);
- Temperaturas elevadas em grande parte do ano.

Seca, fome e miséria: um problema social

A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no sertão nordestino. Muitas vezes, as pessoas precisam andar durante horas, sob Sol e calor forte, para pegar água, muitas vezes suja e contaminada. Com uma alimentação precária e consumo de água de péssima qualidade, os habitantes do sertão nordestino acabam vítimas de muitas doenças.

O desemprego nesta região também é muito elevado, provocando o êxodo rural (saída das pessoas do campo em direção as cidades). Muitas habitantes fogem da seca em busca de melhores condições de vida nas cidades.

Estas regiões ficam na dependência de ações públicas assistencialistas que nem sempre funcionam e, mesmo quando funcionam, não gera condições para um desenvolvimento sustentável da região.

Ações para diminuir o impacto da seca

- Construções de cisternas, açudes e barragens;
- Investimentos em infra-estrutura na região;
- Distribuição de água através de carros-pipa em épocas de estiagem (situações de emergência);
- Implantação de um sistema de desenvolvimento sustentável na região, para que as pessoas não necessitem sempre de ações assistencialistas do governo;
- Incentivo público à agricultura adaptada ao clima e solo da região, com sistemas de irrigação.

Transposição do rio São Francisco

A transposição do rio São Francisco é um projeto do governo federal que visa a construção de dois canais (totalizando 700 quilômetros de extensão) para levar água do rio para regiões semi-áridas do Nordeste. Desta forma, diminuiria o impacto da seca sobre a sofrida população residente, pois facilitaria o desenvolvimento da agricultura na região.

A Seca de 2012

A seca que atingiu o nordeste no começo de 2012 foi a pior dos últimos 40 anos. A região mais afetada foi o semiárido nordestino, principalmente do estado da Bahia. Neste estado, cerca de 230 municípios foram atingidos. Municípios de Alagoas e Piauí também sofreram com a falta de chuvas. A seca trouxe muito prejuízo para as principais fontes de renda da região: pecuária e agricultura de milho e feijão.


 
 
 
 
 
 

domingo, 30 de setembro de 2012

POLÍTICA: O que é isso?

Você sabia que quem não se interessa por política, acaba sendo governado por aqueles que se interessam? É isso mesmo. As decisões do governo de um país dizem respeito diretamente a todos aqueles que vivem ali. Delas dependem, por exemplo, o preço das coisas, a qualidade das escolas, dos hospitais e dos medicamentos, e até a possibilidade de acessar livremente a Internet - o que os chineses estão proibidos de fazer pelo governo comunista de Pequim.

Levando em consideração o fato de a política interferir na vida de todos nós, é fácil concluir que não é conveniente para ninguém ser completamente ignorante em matéria de política. Para compreender bem a questão, entretanto, é necessário recorrer aos estudos históricos, pois as atividades políticas são tão antigas quanto a própria humanidade.

Um pouco de filosofia

A palavra política deriva do grego "politikós", adjetivo que significa tudo o que se refere à cidade (em grego, "pólis"). Mas o conceito de "pólis" é mais abrangente do que o nosso conceito de município. Na Grécia antiga, entre os séculos 8 e 6 a.C, surgiram as "pólis", que eram, ao mesmo tempo, a cidade e o território agropastoril em seus arredores, que formavam uma unidade administrativa autônoma e independente: uma cidade-Estado, quase como um país nos dias de hoje. Atenas e Esparta são as cidades-Estado mais famosas da Antiguidade grega.

De qualquer modo, inicialmente, a expressão política referia-se a tudo que é urbano, civil, público. O significado do termo, porém, expandiu-se graças à influência de uma obra do filósofo Aristóteles (384-322 a.C), intitulada Política. Nela, o filósofo desenvolveu o primeiro tratado sobre a natureza, funções e divisão do Estado - ou seja, o conjunto das instituições que controlam e administram um país - e sobre as várias formas de governo.

Política, então, passou a designar a arte ou ciência do governo, isto é, a reflexão sobre essas questões, seja para descrevê-las com objetividade, seja para estabelecer as normas que devem orientá-la. Durante séculos, o termo passou a ser usado para designar obras dedicadas ao estudo das atividades humanas que de algum modo se refere ao Estado. Entretanto, nos dias de hoje, ele perdeu seu significado original, que foi gradativamente substituído por outras expressões, como "ciência política", "filosofia política", "ciência do Estado", "teoria do Estado", etc. Política passou a designar mais as atividades, as práticas relacionadas ao exercício do poder de Estado.

Política e poder

Entendido como forma de atividade ou de prática humana, o conceito de política, está estreitamente ligado ao conceito de poder. O filósofo britânico Bertrand Russell (1872-1970) define o poder como "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados". Um desses meios é o domínio do ser humano sobre a natureza. Outro é o domínio de alguns homens sobre outros homens.

Neste último sentido, podemos ampliar o conceito de poder definindo-o como uma relação entre dois sujeitos, dos quais um impõe a sua própria vontade ao outro, determina-lhe a maneira de se comportar. O domínio sobre os homens, contudo, não é geralmente um fim em si mesmo. De acordo com Russell, trata-se de um meio para obter "alguma vantagem".

Está claro que o poder político pertence à categoria do poder do homem sobre o outro homem (e não sobre a natureza). Essa relação de poder pode ser expressa de mil maneiras, como a relação entre governantes e governados, entre soberanos e súditos, entre Estado e cidadãos, etc. Porém, é importante ressaltar que há várias formas de poder do homem sobre o homem e que o poder político é apenas uma delas.

Dinheiro, ciência e armas

É possível distinguir três grandes tipos de poder do homem sobre o homem. Para começar, há o poder econômico, exercido quando alguém se vale da posse de certos bens para levar aqueles que não os possuem a um certo tipo de comportamento, que, em geral, é a realização de algum tipo de trabalho. Evidentemente, esse é o poder que o patrão exerce sobre os seus empregados.

Mas há também o poder ideológico, o poder das ideias, do saber, do conhecimento, que permite o domínio sobre a natureza. Esse poder tem sido exercido pelos "sábios" ao longo da história. Nas sociedades primitivas, eram os sacerdotes. Nas sociedades contemporâneas, são os intelectuais ou cientistas. Pense, por exemplo, no poder que um médico pode exercer sobre o seu paciente, já que dispõe do conhecimento necessário para lhe devolver a saúde.

Finalmente, existe o poder político, que se baseia na posse dos instrumentos mediante os quais se exerce a força física (as armas e toda espécie de potência): é o poder de coação, no sentido mais estrito da palavra. Exemplo: se alguém desobedecer a uma determinada lei, o governo tem poder para ordenar a sua prisão por policiais. Em caso de resistência, os policiais têm até o direito de usar suas armas.

Poder político é o poder supremo

Por se tratar de um poder cujo meio específico é a força, o poder político é o poder supremo, ao qual os demais estão subordinados. Embora o uso da força seja o elemento que distingue o poder político dos demais, esse uso é uma condição necessária, mas não suficiente, para tornar a sua existência legítima. Não é qualquer grupo social em condições de usar a força - como os narcotraficantes, por exemplo - que exerce o poder político.

O poder político conta com a concordância de toda a sociedade para usar a força, para ter o seu monopólio, inclusive com o direito de incriminar e punir todos os atos de violência que não sejam executados por pessoas autorizadas.

Isso se torna mais claro quando se pensa na execução de alguém que cometeu um assassinato, nos países onde há pena de morte. Nesses lugares, o Estado tem o direito de tirar a vida de um cidadão para puni-lo por seu crime - embora esse direito seja cada vez mais questionado pela sociedade e pelos cientistas jurídicos.

Limites do poder político

Além da exclusividade do uso da força, ainda podem ser apontadas como características do poder político: a universalidade, ou seja, a capacidade de tomar decisões que valham para toda a coletividade, no que se refere à distribuição e destinação dos recursos (naturais, humanos e econômicos) no seu território; e a inclusividade, isto é, a possibilidade de intervir em todas as esferas de atividade do grupo e de encaminhar essa atividade ao fim desejado, por meio das leis, ou seja, as normas ou regras destinadas a todo o grupo.

Isso não quer dizer, todavia, que o poder político não tenha limites, mas estes variam de acordo com o tipo de Estado. O Estado socialista, por exemplo, estende seu poder à esfera econômica e planeja como a economia deve caminhar. Já o Estado liberal clássico (capitalista) não aceita a intervenção nessa área, deixando que a economia seja regulada por suas próprias necessidades e características peculiares.

No Estado totalitário, como as ditaduras, o poder político se intromete em qualquer campo da atividade humana. Entre 1922 e 1943, na Itália, a ditadura fascista de Benito Mussolini chegava a dar prêmios a casais que tivessem muitos filhos, pois estavam gerando cidadãos para servir ao Estado.

Objetivo da política

Por fim, é conveniente lembrar que até agora tratou-se dos meios da política. Mas ela também tem um objetivo, uma meta, uma finalidade. Uma finalidade mínima e básica, que é comum a toda e qualquer atividade política: a ordem pública nas relações internas do país e a defesa da integridade nacional nas relações exteriores, de um Estado com os outros Estados.

Esta é a finalidade mínima porque é a condição essencial para a obtenção de todos os demais fins (desenvolvimento econômico, segurança e saúde, educação, etc.) que, generalizando, devem garantir o bem-estar do povo. Até mesmo o partido que subverte a ordem não faz isso como um objetivo final, mas como fator necessário à mudança da ordem existente e a criação de uma nova ordem.
 
Fonte: UOL Educação

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Os preços abusivos de veículos no Brasil.


Revista Forbes ironiza preço dos carros no Brasil. Um texto publicado na versão online da revista americana Forbes ironiza o alto preço pago pelos brasileiros em veículos da Chrysler, como Jeep e Dodge.
Segundo a publicação, um modelo Jeep Grand Cherokee vendido no Brasil por cerca de US$ 80 mil poderia ser vendido banhado a ouro, porém, no País este é o preço do modelo básico.
Outra crítica do jornalista Keneth Rapoza é ao elevado preço do Dodge Durango, que será apresentado no Brasil em outubro durante o Salão do Automóvel de São Paulo. Segundo Rapoza, o modelo será vendido no Brasil por R$ 190 mil, valor que daria para comprar três modelos do carro em Miami.
 
Status
De acordo com Rapoza, o consumidor brasileiro é ingênuo pois compra determinadas marcas em busca de status. Além disso, culpa as tributações e valores inflados pelos preços altos.
O texto afirma que o brasileiro confunde preço alto com produto de qualidade. Para Rapoza, o brasileiro gasta demais em um produto achando que ele lhe trará status.
O jornalista ainda enfatiza que não há status em comprar um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Cherokee ou Dodge Durango. Segundo ele, um professor de escola primária do Bronx pode comprar facilmente um Grand Cherokee pouco rodado.
Para Rapoza, o consumidor brasileiro atribui um valor aos carros da Chrysler, que deveria ser dado aos automóveis da Audi, BMW e Mercedes-Benz. 
  

Chapada Diamantina: Quem te conhece, não te esquece.



A Chapada Diamantina é uma região de serras, situada no centro do Estado brasileiro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As serras que compõem a Chapada Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km².
A Chapada Diamantina nem sempre foi uma imponente cadeia de serras. Há cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos, iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, a partir de uma série de extensas depressões que foram preenchidas com materiais expelidos de vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos caídos de suas bordas. Sobre essas depressões depositaram-se sedimentos em uma região em forma de bacia, sob a influencia de rios, ventos e mares. Posteriormente, aconteceu um fenômeno chamado soerguimento, que elevou as camadas de sedimentos acima do nível do mar, pressionada pela força epirogenética, tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de anos. As inúmeras camadas de arenitos, conglomerados, e calcários, hoje expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao longo do tempo geológico. Nas ruas e calçadas das cidades da Chapada, lajes de superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais antigos. Caminhar respirando o ar puro e admirando a paisagem é a principal opção dos turistas de todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares verdejantes guardam sempre uma surpresa com águas cristalinas ou areias coloridas, belos morros, flores e hortaliças que encantam pela beleza.
Localizado no km 231 da BR 242, o Morro do Pai Inácio é um dos principais cartões postais da Chapada Diamantina.
Envolto em histórias das épocas do coronelismo e das lavras diamantinas, é um dos pontos de observação mais visitados da região e abriga uma famosa lenda que deu origem ao seu nome.
Conta-se que o escravo Inácio, experiente conhecedor da região, levou a Sinhá que insistira muito em conhecer as redondezas para um passeio. Acabaram se apaixonando. Um dia foram vistos e o Coronel, furioso ao saber, ofereceu alforria a quem o entregasse. Inácio refugiou-se no morro. Mais uma vez foi visto e delatado. O Coronel acompanhado de vários escravos que lhe mostraram o caminho subiu o morro e disse para ele se entregar. Então Inácio falou: “Se é para morrer pelas mãos dos meus irmãos, prefiro morrer pela natureza”. Em seguida abriu uma sombrinha e pulou, mas jogou a sombrinha e se escondeu numa pedra. Enquanto todos acreditavam que ele morrera, Inácio sequestrou a Sinhá e os dois sumiram juntos. Ouvir essa história contada pelos Guias com uma dose de emoção e surpresa vale muito a pena.
O Morro do Pai Inácio tem 1.150 m de altitude e de lá de cima tem-se uma vista incrível com paisagens encantadoras para cada lado que se olha. A Serra do Sincorá, o Morrão, o Morro do Camelo e ao entardecer uma visão belíssima do pôr-do-sol.
Uma trilha de pouco mais de 500 m, por cerca de 20 a 30 minutos, leva ao topo do morro. A subida é tranquila, com alguns pequenos obstáculos no caminho, perfeitamente superáveis. A flora, as vegetações de Cerrado, as formas das pedras, vão tornando o curto caminho, mais belo.
Além da vista belíssima, o Pai Inácio também proporciona uma visita ao Orquidário localizado aos pés do morro. Lá são cultivadas centenas de espécies de orquídeas endêmicas (que só são encontradas naquele local), além de várias outras espécies exóticas.
 
 

 
Vídeo da minha subida ao Morro do Pai Inácio
 
 
 
  Esse foi o resultado da subida e descida do Morro do Pai Inácio. Rsrs...
 
 
 
 






Os efeitos da altitude - RELEVO

Ficheiro:Santiago en invierno.jpg
 
Os principais males físicos que uma escalada em grandes altitudes pode causar estão relacionadas ao frio, à oxigenação e à diferença de pressão entre o corpo e o ar ambiente.
 
Frio
As temperaturas extremamente baixas podem levar o corpo humano à hipotermia, a perda de calor corpóreo que determina a queda da temperatura do corpo e compromete o metabolismo. A grosso modo, a hipotermia é deflagrada quando a temperatura corporal vai abaixo dos 35º C. A cada grau centígrado de calor perdido pelo corpo, o fluxo cerebral diminui em 6%, de modo que, aos 32º C, já começam a aparecer sinais de confusão mental e dificuldade de raciocínio.
Aos 30º C, os reflexos mostram-se comprometidos e a pessoa adquire um aspecto sombrio: pupilas fixas e movimentos desordenados. A partir dos 26º C há risco de vida, com ocorrência de arritmias e possibilidade de coma. Se o corpo atingir os 20º C, a morte é praticamente certa. Contudo, esta progressão fatal é perfeitamente controlável e reversível. Ao sentir sintomas da hipotermia, a pessoa deve buscar formas de aquecer seu corpo, seja transferindo-se para locais mais quentes ou cobrindo-se com roupas.
Além disso, o frio extremo costuma causar a necrose de partes do corpo expostas a baixas temperatura por longo período. Neste caso, o mal é irreversível.

Respiração e pressão
O grande problema das grandes escaladas está relacionado à respiração. Trata-se do que os alpinistas chamam de "Mal das Montanhas". Ele pode se manifestar de diferentes formas e em diferentes graus, variando de acordo com as características de cada organismo, mas o fato é que está sempre relacionado à falta de oxigênio.
Na verdade, o ar na montanha não tem menos oxigênio do que o ar ao nível do mar. O problema está na captação deste oxigênio. "Seja a 8000 m ou em Ilhéus, a porcentagem de oxigênio no ar é a mesma, cerca de 30%. Contudo, a pressão parcial do ar atmosférico diminui com a altitude", explica o médico Ricardo Yoshio, do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte (Cemafe) da Unifesp. Para se adaptar a essa baixa pressão atmosférica o corpo de auto-regula, aumentando a freqüência respiratória. Portanto, à medida que se sobe a montanha, a captação de oxigênio para os tecidos torna-se mais difícil, e ocorrem sintomas como dores de cabeça, náuseas, lentidão de raciocínio, dores musculares, fadiga e taquicardia.
Por mera adaptação física, a pressão dos gases dentro do corpo (seja no sangue, entre as articulações ou nos pulmões) aumenta. Desta diferença de pressão decorrem os problemas mais sérios do alpinismo, em geral em altitudes superiores a 4000 m. A alta pressão do ar no corpo pode causar edemas cerebrais, pulmonares ou oculares. Esses problemas se intensificam se a escalada acontecer muito rápido, dificultando a adaptação do corpo à diferença de pressão.
Por esta razão, é fundamental realizar a "aclimatação", ou seja, dar tempo para o corpo se adaptar às diferentes condições do ambiente. Em geral, quando se passa dos 2800 m, este processo de adaptação já se mostra necessário. Após 24 horas em um local mais alto, o corpo começa a sentir o efeito da mudança de altitude. Após 2 semanas neste novo ambiente, o organismo "aclimata-se", controlando os efeitos da transferência. "É por isso que nos jogos de futebol em La Paz ou em outras cidades de grandes altitudes, por exemplo, os jogadores chegam horas antes do jogo. Assim, o efeito da altitude só é sentido após a partida", define o professor Luciano Capelli, da Unifesp.
 
 
 
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

África: Os diamantes de sangue.

Os diamantes são originários de áreas controladas por forças ou facões de oposição aos governos legítimos e reconhecidos, e são utilizados para financiar a ação militar em oposição aos governos - Tornar-se qualquer caso de 10-15% do consumo mundial de multibilliões de  US dólar NO sector diamantífero.  Enquanto que alguns do dinheiro proveniente de tráfico de diamantes é utilizado para sustentar as operações (intervenções armadas. Insurreições, operações terroristas), um montante substancial dos lucros são encaminhados para as contas bancárias dos criminosos transnacionais, para corromper funcionários do governo, forças rebeldes e uma série de outros atores.
A África tem pagado um preço muito alto para as guerras sobre diamantes e o crime e   ganância que os sustentam. Milhões de africanos morreram de conflitos relacionados com diamantes e  existem milhões de deslocados.  Mas o comércio sujo estende - se muito para além da costa de África.  Existe uma forte evidência de que al-Qaeda e do Hezbollah   obtiveram milhões de dólares em diamantes ilegais através de conexões libanêsas na Serra Leoa e da DRC. Os diamantes são uma mercadoria ideal para grupos terroristas, pois é fácil de trocá-los por dinheiro, e são difíceis de detectar por organizações responsáveis pela aplicação da lei.
Exploração de outros recursos naturais como o ouro, urânio, cobre, cobalto, bauxita, e madeira é outro crime transnacional que tem perpetuado conflito Africano em vários estados, principalmente da RDC. Fundos provenientes destes recursos naturais enchem os bolsos dos gananciosos e financiam os atos terroristas e de guerras de facões armadas. Poucos na RDC são deixados intocados pelas hostilidades e danos ao meio ambiente.
Em África   as guerras sangrentas para aquisição  de diamantes e outros recursos naturais pode não parecem ter grande relevância para os militares E.U. e de segurança nacional. De fato, o oposto é verdadeiro. O crime transnacional, a violência e os conflitos em África ameaçam a estabilidade em todo o continente e acabará por ter conseqüências econômicas ou militares para o mundo em geral. Em África do aspeto político e econômico as mazelas sociais são enormes e o crime transnacional  torna -as piores. Durante uma visita a quatro países da África Ocidental, o Primeiro-Ministro Britânico enfatizou a necessidade de países desenvolvidos  investirem na segurança e prosperidade econômica das democracias em África. O ilícito de drogas, terrorismo, extremismo a emanar de "Estados falhados, ditaduras, trazem o conflito e caos nas zonas ricas em minerais e diamantes da África são um ímã para predadores, terroristas, e outros transnacionais de criminosos. A intervenção dos E.U. para acabar com o Terrorismo contra cidadãos e interesses em África poderá ser  na mesma forma  do Afeganistão. Da mesma forma que os grupos terroristas encontram porto seguro na Somália e no Sudão, esses mesmos grupos podem migrar para outros estados do continente Africano.   
Rebeldes da Serra Leoa, combatentes da Libéria, e os mercenários de Burkina Faso lançaram ataques em Serra Leoa para derrubar o governmeno. O grupo rebelde, conhecido como a Frente Unida Revolucionária (RUF), iniciou uma campanha de morte e destruição contra civis inocentes. Centenas de milhares de refugiados fugiram para países vizinhos e milhares de crianças foram raptadas e obrigadas a servir como soldados. A RUF provocou torturas, massacres, mutilações e outras atrocidades como um meio de minar a confiança no governo . Dentro de um ano, a RUF tinha tomado o controlo das principais minas de diamantes na  parte sudeste do país. Como tantas insurreições, o conflito em Serra Leoa foi proclamado como uma revolta para trazer um fim a um regime corrupto. O movimento evoluiu para uma auto-sustentação criminosa. Líderes da RUF enriqueceram-se e trocar diamantes por armas e equipamento durante a guerra civil.
 
Até Março de 1995, a RUF forças capturou a maior parte das minas no país, mas o exército de Serra Leoa foi capaz de parar mais avanços e manter a capital com a assistência de paz da Nigéria e Ghana. A RUF assinou um acordo de paz com o governo em novembro de 1996. Militares dissidentes derrubaram o governo em 1997 e formaram uma aliança com o RUF. Nigéria, Costa do Marfim, Guiné, Gana e - os membros da Comunidade Econômica dos Estados Africano Ocidental (CEDEAO) – deram abertura diplomática para o fim do conflito. A Organização das Nações Unidas apoiou a abordagem não-violenta e transferências de armas proibidas para a Serra Leoa.
Impaciente com o ritmo das negociações, a Nigéria levou um bom contragolpe, em Fevereiro de 1998 e do Conselho de Segurança da ONU estabeleceu a Missão de Observadores das Nações Unidas na Serra Leoa (UNAMSIL). No ano seguinte, a Frente Unida Revolucionária de Lomé e de Governo assinaram acordo de paz. No entanto, a RUF rapidamente violou os vários termos do acordo. O grupo rebelde armado manteve e continuou a sua luta pelo controlo dos diamantes. Até os primeiros meses de 2000, violentos confrontos com as tropas governamentais e atrocidades contra civis estavam em ascensão. Além disso, a Frente Unida Revolucionária capturou como reféns várias centenas de capacetes azuis. Em Maio de 2000, a Grã-Bretanha destacou unidades militares para a Serra Leoa para restabelecer a ordem em Freetown e evacuar os seus cidadãos e outros estrangeiros. Embora a segurança dos cidadãos britânicos e estrangeiros tenham sido a principal razão para a intervenção militar, da Grã-Bretanha, os laços históricos com a ex-colônia  ajudou a estabilizar o país e deu início a um programa de treinamento para policiais e forças militares indígenas. Os E.U. apoiaram a manutenção da paz da ONU com esforços através do envio de equipamento militar e equipas de Forças Especiais e formadores para a Nigéria e Gana. Esta iniciativa,  Operação Socorro,  reforçou a capacidade da Nigéria e Gana paz para proporcionar segurança, desarmar forças rebeldes, e facilitar o repatriamento de refugiados.
Em Setembro de 2001, os rebeldes concordaram em um cessar-fogo, mas com uma paz duradoura  longe. A liderança do governo nacional mudou cinco vezes nos últimos 11 anos. Tal como nos Bálcãs, a paz trouxe um fim ao conflito violento, mas uma paz de longo prazo baseado no Estado de direito, está muito distante.
Os recentes conflitos políticos e étnicos na República Democrática do Congo remontam a 1994, quando combates no vizinho Ruanda e Burundi forçou várias centenas de milhares de refugiados no Zaire. A nova demografia do leste do Congo contribuiu para a contenda étnica. Uma guerra civil eclodiu em 1996.Em menos de um ano, o movimento rebelde apoiado por Angola, Ruanda, Uganda e derrubou o governo no poder e realinhou a distribuição dos recursos naturais na o país Depois dos exércitos estrangeiros estabelecerem uma posição firme na DRE, que se aproveitou da fraqueza governo congolês e consolidou seu controle sobre os depósitos minerais e outros recursos.
Em Agosto de 1998, - militantes Congolesa apoiados pelo Ruanda e Uganda mergulharam o país noutra guerra civil. Angola, Namíbia, Zimbábue, Chade, Sudão e responderam à crise fornecendo tropas e de ajuda à RDC. Para complicar ainda mais o conflito, foi a presença de rebeldes do Ruanda, Uganda e Burundi. Estes grupos, que operam a partir de bases no Leste do Congo, freqüentemente atacam civis e as forças governamentais em seus respectivos países. Um relatório da Human Rights Watch concluiu que rebeldes e forças governamentais são os responsáveis pelos milhares de civis mortos, violentadas, torturados, raptados.
O Presidente da Zâmbia tentou pôr fim à carnificina em 1999, quando ele convidou os principais combatentes na guerra para uma conferência de paz de Lusaka, Zâmbia. O Acordo de Lusaka   apelou para um cessar-fogo imediato, a retirada das tropas estrangeiras, exceto paz e uma força de paz da ONU sobre 5.500 tropas. Ruanda e Uganda permaneceram em partes da República Democrática do Congo para proteger as suas populações a partir de ataques guerrilheiros, mas igual, e talvez mais importante motivação para a sua ocupação era para controlar os minerais, agricultura e madeira no país.  
Um relatório publicado pela ONU, em Abril de 2001, registrou que a RDC foi "vítima de massacres em escala e da pilhagem sistemática e sistêmica exploração dos recursos naturais." O relatório diz que os comandantes militares de vários países, por diferentes razões,   continuaram a necessitar deste conflito pela sua natureza lucrativa e temporariamente para resolver alguns problemas internos nesses países, bem como permitir o acesso à riqueza. Eles perceberam que a guerra tem a capacidade para sustentar a si mesmo, e por isso foram criadas e protegidas as redes criminosas que são susceptíveis de se assumir plenamente em  todas as tropas estrangeiras decidam a deixar a República Democrática do Congo.  
Em fevereiro de 2002, os combatentes armados não tenham cumprido todas as disposições descritas no Acordo de Lusaca. Uganda e Ruanda ainda ocupam leste do Congo e violentos confrontos entre diferentes grupos armados têm aumentado nos últimos meses. Menos de 4.000 capacetes azuis estão no terreno e milhares são necessários mais. Com tantos elementos criminosos e corruptos, os saques   proveito dos recursos naturais da República Democrática do Congo, o incentivo econômico para manter conflito e caos é maior do que o desejo de estabelecer o Estado de direito e manter a paz. A violência e a anarquia na República Democrática do Congo continua a ameaçar a estabilidade de pelo menos dez países que partilham uma fronteira comum com o gigante nação.  



As guerras civis na África - RUANDA

Um dos desdobramentos mais trágicos das lutas desencadeadas a partir do processo de independência são as guerras civis. Tata-se da conseqüência mais visível e sangrenta da criação das fronteiras artificiais responsáveis pela divisão política do continente africano. Conflitos ancestrais tornaram-se guerras que desencadearam elevado índice de mortes, muitas vezes acompanhadas de golpes de Estado e instauração de ditaduras corruptas, interessadas em assegurar privilégios de minorias.
  • Ruanda e Burundi - Um dos maiores exemplos dessa luta mortal entre tribos é a que envolve hútus e tútsis nos territóros hoje divididos em Ruanda e Burundi. Originalmente denominada Ruanda-Burundi, até a Primeira Guerra Mundial essa região pertencia à África Oriental Alemã. Em 1919, após a derrota dos alemães na guerra, os belgas assumiram o controle do território em questão.
Os conflitos na região, porém, remontam aos séculos XII e XV, quando chegaram ao local grupos de hútus e tútsis, qu conviveram ali durante muito tempo. Os Tútsis criavam gado, os hútus eram agricultores.
Sob o domínio belga, os tútsis, que correspondiam a cerca de 15% da população, foram escolhidos pelo poder colonial para "governar" o país. A maioria hútu (cerca de 85%) ficou excluída do processo social e econômico. Como não poderia deixar de ser, os hútus passaram a defender um governo que representasse os seus interesses. Em 1959, os agricultores hútus rebelaram-se contra a monarquia tútsi apoiada pelos belgas e abriram caminho para separar Ruanda e Burundi. Em 1961, sob a liderança hútu, Ruanda ganharia status de República, e, no ano seguinte, a Bélgica reconheceria sua independência. Perseguidos, os tútsis procuraram abrigo nos países vizinhos. Por sua vez, Burundi também se tornou independente nesse ano, sob monarquia tútsi.
Entretanto, a paz não foi alcançada. Em 1963, tútsis exilados no Burundi organizaram um exército e voltaram para Ruanda, sendo massacrados pelos hútus. Outros massacres sucederam-se até que, em 1973, um golpe de EStado levou ao poder, em Ruanda, o coronel Juvénal Habyarimana, de etnia hútu. Apesar dos conflitos persistirem, pode-se afirmar que, nas duas décadas seguintes, houve certa trégua.
Em 1993. o governo de Ruanda, lederado pelos hútus, assinou um acordo de paz com aliderança tútsi, pelo qual os refugiados poderiam voltar ao pais e participar do governo. Em abril do ano seguinte, retornando de uma conferência na Tanzânia, os presidentes hútus de Ruanada e de Burundi foram vítimas de um acidente aéreo. A morte desses líderes desencadeou a volta dos massacres.
No Burundi, apesar da condição de minoria étnica, os tútsis detinham o controle do Exército e deram um golpe de Estado em 1996, quando nomearam presidente um major dessa etnia. Além disso, obrigaram grande massa de hútus a viver na condição de refugiados nos chamados "campos de reagrupamento", que reúnem cerca de 10% da população (cerca de 800 mil pessoas), segundo dados da organização não governamental Anistia Internacional. Outros 700 mil refugiados vivem fora das fronteirs do país, mais precisamente em países limítrofes, como Tanzânia e Uganda, criando sérios problemas para os dois governos, que não têm condições de garantir ajuda humanitári a essa população.
Em Ruanda, onde a violência não tem sido menor, calcula-se que 13% da população tenha morrido na guerra desencadeada em 1994 pelos hútus, sendo 90% desse total integrantes da minoria tútsi, segundo dados da ONU.
 
Causas das guerras na África
A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios africanos intensifica-se. A partilha da África tem início, de fato, com a Conferência de Berlim (1884), que institui normas para a ocupação, onde as potências coloniais negociaram a divisão da África, propuseram para não invadirem áreas ocupadas por outras potências. Os únicos países africanos que não foram colônias foram a Etiópia (que apenas foi brevemente invadida pela Itália, durante a Segunda Guerra Mundial) e a Libéria, que tinha sido recentemente formada por escravos libertos dos Estados Unidos da América. No início da I Guerra Mundial, 90% das terras já estavam sob domínio da Europa. A partilha é feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas. No fim do século XIX, início do XX, muitos países europeus foram até a África em busca das riquezas presentes no continente. Esses países dominaram as regiões de seu interesse e entraram em acordo para dividir o continente. Porém os europeus não cuidaram com a divisão correta das tribos africanas, gerando assim muitas guerras internas.

Conflitos na África agravam a pobreza no continente
Lisboa - A África ainda sofre as consequências dos conflitos da década de 90 que impedem o seu desenvolvimento, segundo um relatório das Nações Unidas, que coloca 30 países africanos entre os 32 menos desenvolvidos do mundo.
De acordo com o relatório 2005 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 30 dos 53 países africanos aparecem nas últimas posições a nível de Índice de Desenvolvimento Humano.
"Cerca de 40 por cento dos conflitos mundiais atuais registram-se na África e ainda que o número de conflitos esteja a diminuir, as guerras de hoje prolongam-se mais e, como tal, o seu impacto no desenvolvimento humano é grave", refere o relatório.
O documento estabelece uma relação direta entre os conflitos e a pobreza, dado que "destroem os sistemas alimentares, contribuem para a fome e a má nutrição e minam o progresso na saúde e na educação".
"Nove em cada dez países da cauda do Índice de Desenvolvimento Humano viveram conflitos violentos em algum momento da década de 90", acrescenta o relatório.
Os Estados propensos ao conflito são muitas vezes desesperadamente pobres, mas extremamente ricos em recursos e, neste caso, o relatório aponta o exemplo de Angola.
Com um balanço de um milhão de mortos ou estropiados em mais de três décadas de guerra civil, Angola utilizou "a riqueza das segundas maiores reservas de petróleo de África e das quartas maiores reservas de diamantes do mundo" para alimentar a guerra civil.
Angola aparece na posição 160, entre 177 países, no Índice de Desenvolvimento Humano e a esperança média de vida é de apenas 40 anos.

Objetivos do Milênio - O PNUD considera que "prevenir e resolver conflitos e aproveitar oportunidades para a reconstrução pós-conflito aceleraria visivelmente o progresso para atingir os Objetivos do Milênio" definidos pela ONU, nomeadamente a redução da pobreza para metade até 2015.
Segundo dados das Nações Unidas, a maioria dos países da África subsaariana não conseguirá atingir estes objetivos. O relatório aponta o Sudão como exemplo da relação direta entre o conflito e o baixo Índice de Desenvolvimento Humano.
Após mais de duas décadas de guerra civil entre o norte e o sul, que provocou mais de dois milhões de mortos e quase seis milhões de deslocados, apenas uma em cada cinco crianças sudanesas frequenta a escola, cerca de um terço da população não tem saneamento básico e a taxa de mortalidade materna é das mais elevadas do mundo.
Em Darfur, região oeste do Sudão onde persiste um conflito há dois anos e meio já classificado pela ONU como a pior crise humanitária do mundo, as taxas de má nutrição estão estimadas em 40 por cento e 60 por cento das pessoas não têm acesso a água potável.
De acordo com o relatório do PNUD, os conflitos provocam a "ruptura dos sistemas alimentares, o colapso dos meios de subsistência e a desintegração de serviços básicos, já de si limitados, e cria poderosos efeitos multiplicadores, com as crianças na linha da frente das vítimas".
Dos cerca de três milhões de mortes no mundo desde 1990 relacionados com conflitos violentos, dois milhões são crianças, com a República Democrática do Congo a registrar o número mais elevado.
As consequências da guerra civil de quatro anos neste país, que terminou em 2002, continuam hoje a matar cerca de 31.000 pessoas por mês.
Segundo o documento, os conflitos têm também um impacto negativo na propagação do HIV/Aids, com a África Subsaariana a liderar a nível mundial com cerca de 26 milhões de infectados de um total de 41 milhões.
O conflito violento em países pobres é também um aspecto da insegurança global e, estima o PNUD, "a guerra contra o terror nunca será ganha, a menos que a segurança humana seja alargada e reforçada".
O PNUD considera que a ajuda internacional é essencial para a prevenção de conflitos mas lembra que esta deve ser bem direcionada sob pena de se alimentarem, ainda que não intencionalmente, conflitos internos.
Exemplo desta situação é Ruanda, "onde a assistência ao desenvolvimento beneficiou uma pequena parte da população, com exclusão da maioria, o que contribuiu para alimentar o ressentimento, para a desigualdade e para a violência estrutural".
"Se os doadores tivessem tido mais consciência das consequências dos seus atos e estivessem mais disponíveis para se envolver na prevenção do conflito, o genocídio de 1994", que provocou a morte a cerca de 800.000 pessoas em apenas 100 dias, "poderia ter sido evitado".

Comércio exterior - O relatório refere ainda que África é "cada vez mais marginalizada a nível do mercado mundial", especialmente a África subsaariana que, com uma população de 689 milhões de habitantes representa menos, a nível de exportações, do que Bélgica, com apenas 10 milhões de habitantes.
O PNUD aponta que as políticas comerciais "desequilibradas" levadas a cabo pelos países ricos impedem o crescimento dos países pobres.
"As barreiras comerciais com as quais são confrontados os países em desenvolvimento que exportam para os países ricos são, em média, três vezes mais elevadas do que as que dizem respeito às trocas comerciais entre países ricos", refere o documento.
O relatório mostra que os países pobres representam menos de um terço das importações dos países ricos mas, por outro lado, dois terços das receitas aduaneiras.
A agência da ONU dá como exemplo os subsídios que os países ricos atribuem aos agricultores, que impedem os produtores dos países em desenvolvimento de competirem em pé de igualdade, o que gera perdas anuais de 19,7 bilhões de euros.

Mega Massacre

Em 1994 os presidentes Hutus de Ruanda e de Burundi foram mortos por um míssil que atingiu o avião que viajavam. Apesar da autoria do ataque ser desconhecida, o governo ruandês identificou seu inimigo e lançou uma intensa campanha de acirramento de ódio racial que culminou em 7 de abril com a conclamação da população em dizimar seus rivais etnicos, os tutsis, e os hutus moderados que se opunham ao uso da violência. Cerca de 1 milhão de pessoas foram mortas, a maioria a golpes de facões e clavas desferidos por civis. Há indícios que os principais governos mundiais sabiam da iminência do conflito, mas não tomaram providências.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Itabuna, 102 anos. Dá pra comemorar algo?


Itabuna, cidade localizada na macrorregião sul da Bahia e microrregião Ilhéus-Itabuna. Em 102 anos de vida, já foi palco de diversos acontecimentos e já chegou a ser a terceira força econômica do Estado, atrás somente da capital Salvador e Feira de Santana. Itabuna hoje conta com sérios problemas, que não são sanados há muito tempo. A cidade que viveu os tempos áureos do cacau, até mesmo com certas extravagâncias devido ao poderio financeiro, hoje convive com noticiários que  a expõe ridicularmente a nível nacional e internacional. A capital do cacau, virou a capital da dengue, a capital da violência urbana e até a capital do lixo, esta última "carinhosamente" apelidada de RAINHA DA SUCATA! É meus amigos e amigas, Itabuna regrediu por demais no tempo. E de quem é a culpa? Nossa? Em certo ponto, sim, pois somos nós que escolhemos nos últimos anos os governantes que mandaram e desmandaram em nossa cidade. Sucateando áreas essenciais para o bem estar da população, como a saúde por exemplo. Outro problema grave em nossa cidade, se chama ESGOTO. Se pagamos uma taxa de esgoto na conta de água, qual seria o motivo dele não ser tratado e ser diretamente jogado no rio Cachoeira? Por que não revitalizar todas as estações de tratamento de esgoto da cidade ao invés de só cortarem o capim da beira do rio? Vai entender! O Transporte público é outra piada itabunense. Linhas mal distribuídas, horários quase nunca cumpridos e o pior: R$ 2,20 por trechos que as vezes nem chega a 3 Km. E estão estudando o aumento da passagem para R$ 2,60. Só não houve o aumento no mês passado, por uma questão: tem gente que é candidato a reeleição! A saúde, meu Deus! A saúde é uma brincadeira aqui. Sim, brincadeira! Meu amigo(a), se você não tem um bom plano de saúde para ser atendido no Hospital Calixto Midlej, você corre o risco de ser feito de "ping-pong" entre os hospitais São Lucas e o de Base. Este último, popularmente conhecido como "Açougue de Base", acho que nem preciso explicar os motivos do apelido, não é? E a buracolândia?!?! Meu amigo(a), se você pega um ônibus em Itabuna e senta nas cadeiras do fundo, você vai saber o que é EMOÇÃO! Cada vez que os ônibus passarem em um buraco na cidade, você vai nas alturas literalmente, correndo o risco até de bater a cabeça no teto do veículo! Pessoas com problemas de coluna, esqueçam o "fundão do buzú". Existem diversos outros problemas, que não vale a pena nem elencar neste momento. O que eu tenho de bom para falar de Itabuna? O que tenho de bom para falar de Itabuna é que mesmo com todos esses problemas que ninguém toma nenhum tipo de providência, eu continuo amando essa terra onde Deus me presenteou para construir a minha vida! Amo demais a minha Itabuna! Tão humilhada, tão maltrada, mas pelo menos por mim nunca deixará de ser amada! Eu acredito que um dia ela retornará ao lugar que nunca deveria ter saído: O posto de maior cidade do interior baiano!!! Abaixo segue um vídeo que eu mesmo fiz para comemorar os 99 anos de Itabuna, em 2009. A música é o antigo hino da cidade, que por ignorância e falta de divulgação, deixou de ser o hino oficial. Lamentável!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O Haiti e sua crise sem fim

Ficheiro:Flag of Haiti.svg
 

 “O Haiti é um país em que 10% das pessoas vão a escolas, e 80% ou mais são pobres. A situação não pode ficar assim. É preciso fazer algo.”

Além de ser o país mais pobre das Américas, o Haiti vivia o avanço de rebeldes armados, que tomaram algumas cidades no interior e exigiam a renúncia do presidente Jean-Bertrand Aristide.

O bem e o mal

Em 1990, quando foi eleito pela primeira vez, Aristide representava uma esperança de que o país finalmente deixasse para trás os 30 anos de ditadura da família Duvalier.

François Duvalier (conhecido como “Papa Doc”), que governou de 1957 a 1971, e seu filho Jean-Claude Duvalier (o “Baby Doc”), de 1971 a 1986, são considerados por analistas dois dos mais violentos governantes da história.

Para assegurar o controle do país, os dois líderes haitianos empregavam os chamados Tonton Macoutes – guardas armados do presidente, que reprimiam violentamente a oposição.

“Esse processo de transição, depois da queda de (Jean-Claude) Duvalier, teve uma série de governos provisórios, até que as eleições foram organizadas em 1990”, explica o ex-senador Serge Gilles, atualmente um dos coordenadores do Partido Pampra, de oposição.

“Foi nessa eleição que foi formada a dicotomia: o Satã e o Cristo. Aristide representou o Cristo, os duvalieristas, o diabo.”

“Foi fácil para Aristide. Como o povo não tinha educação política sobre a democracia, foi fácil apresentar o problema ao povo assim, como visões de Deus e o Diabo.”

Trajetória

Aristide, um ex-padre de raízes humildes, ganhou projeção em discursos inflamados que fez, durante os anos 80, em uma das áreas mais pobres de Porto Príncipe.

Quando eleito pela primeira vez, o atual presidente gozava de grande popularidade, assim como o seu partido, o Lavalas.

Mas, meses depois de ter sido eleito, Aristide foi afastado do poder em um golpe de Estado.

Fugindo para os Estados Unidos, o presidente liderou esforços para convencer a comunidade internacional a intervir, que culminaram com a invasão do país por cerca de 20 mil soldados americanos, em 1994.

Restituído no poder, ele foi sucedido na Presidência por René Preval, mas seria reeleito em 2000, em eleições que a oposição considera terem sido fraudulentas.

Desde então, a tensão tem aumentado, com a formação de frentes amplas de oposição, como a Convergência Democrática, cujo principal objetivo é afastar Aristide do poder.

Desperdício

“De maneira clara, evidente, começou a virar ditador depois de sua volta”, diz Gilles, dizendo que o fato de ter sofrido um golpe de Estado foi uma desculpa para Aristide assumir suas posições que, segundo ele, são “anarcopopulistas”.

“Penso que o Lavalas (partido de Aristide) é fruto do sistema de Duvalier”, diz ele. “O anarcopopulista é contra as instituições, o Estado, contra tudo o que é organizado.”

Entretanto, para Richard Widmaier, diretor da rádio Metropole, de Porto Príncipe, o problema de Aristide não é a ideologia que ele representaria, mas sim o fato de ele ter lidado de maneira inconseqüente com as expectativas do povo haitiano.

“Em um país tão pobre como o Haiti, é difícil para qualquer pessoa resolver todos os problemas (...). Mas Aristide disse ao povo que faria isso, prometeu. Mas ele não cumpriu, nem poderia”, afirma.

“Aristide é como uma pessoa que está jogando pôquer e têm um grande conjunto de cartas na mão, mas não as aproveita. (...) Ele tinha tudo.”

Otimismo

Para Widmaier, a violência que se espalhou pelo interior do Haiti tem raízes profundas que precisam ser arrancadas se o país quiser se tornar verdadeiramente democrático.

“É tentador dizer que há padrões que vêm sendo seguidos. Padrões de comportamento, de pensamento. Começamos há 200 anos, e os heróis haitianos, que expulsaram os franceses, continuaram a usar as mesmas técnicas que os franceses usavam para se manter no poder”, disse ele.

“Nós temos que mudar a mentalidade haitiana, para que possamos entender a democracia.”

Mas Widmaier foi otimista quanto ao futuro do país. “O que estamos vendo agora, talvez, possa nos levar pela primeira vez à democracia.”

A ofensiva rebelde no interior do Haiti já deixou muitos mortos desde o dia 5 de fevereiro de 2004, quando os rebeldes tomaram uma série de cidades no oeste do país.

O presidente Aristide insiste que não tem a intenção de renunciar, como quer a oposição, e que só vai deixar o poder em 2006, quando seu atual mandato chega ao final.

O que estava por trás das manifestações e da greve geral?

A oposição no Haiti esperava que as atenções da comunidade internacional por causa dos 200 anos de independência do país ajudassem a por fim ao regime de Jean-Bertrand Aristide, contra o qual se colocavam desde as disputadas eleições de 2000. Os opositores do presidente temiam que ele estimulasse irregularidades nas eleições legislativas programadas para aquele ano e tentasse um terceiro mandato em 2005.

Essas manifestações se tornaram cada vez mais violentas nos últimos meses de 2004, especialmente em zonas rurais como Gonaives e Cap-Haitien. Grupos de oposição e partidários do governo entraram em choque, deixando um saldo de vários mortos. Ambos os lados se culpavam pela violência e, aparentemente, moradores das favelas mais pobres desejavam dar apoio a quem pagá-los.

Quem é a oposição?

A principal oposição formou uma coalizão chamada "Grupo de 184" – supostamente o número de partidos políticos, associações cívicas, sindicatos e grupos empresariais que a compunha. A coalizão não tinha um líder formal, embora o empresário André Apaid, detido por duas semanas no final de novembro de 2004, se colocasse como seu porta-voz.

Quais são as queixas da oposição?

Originalmente, a oposição protestava contra a reeleição de Aristide em 2000 e alegava fraude nas eleições legislativas da época. Ela boicotou o Congresso e se recusou a cooperar com iniciativas do governo.

Desde então, os opositores de Aristide passaram a reclamar da deterioração da situação econômica e da falta de diálogo político. Na época havia um impasse em relação às eleições legislativas marcadas para 2004 – não houve acordo sobre quem deveria ser indicado para a comissão eleitoral que deveria preparar o pleito.

A oposição também se recusava a participar das eleições a menos que Aristide renunciasse à presidência. Assim, os oposicionistas pediram a formação de um governo de transição liderado por um representante da Corte Suprema, e um conselho de nove membros.

Qual foi o envolvimento da comunidade internacional no Haiti?

No dia 1º de janeiro de 2004 o Haiti comemorou 200 anos de independência da França, o poder colonial que governou o país a partir de 1697. Em um ato público do presidente Aristide antes das comemorações ele pediu que a França desse ao país US$ 21 bilhões em "reparações". O governo francês não respondeu ao pedido. A influência da França no país era principalmente de ordem cultural, o sistema de educação ainda era baseado em princípios franceses e as aulas eram dadas em francês.

Em 1915, fuzileiros americanos invadiram o Haiti para resgatar a "dívida" do Haiti para com os Estados Unidos. Os americanos permaneceram no país por quase 20 anos e se retiraram diante da crescente resistência de rebeldes haitianos.

Em 1994, forças americanas retornaram ao Haiti para ajudar a recolocar no poder o presidente Aristide. As Nações Unidas empreenderam uma missão para reorganizar a polícia, o Judiciário e dar ajuda humanitária. A ONU se retirou depois das eleições de 2000 sem atingir seus objetivos.

Desde então, a Organização dos Estados Americanos fez várias tentativas de promover negociações entre o governo e a oposição. No momento, a organização ainda tenta mediar um acordo para a Comissão Eleitoral.

O presidente Aristide fracassou no governo?

Ele foi a figura dominante da política do Haiti nos últimos 15 anos.

Antes dos protestos, ele já havia sido o fator de instabilidade política no país.

Ele e seus aliados afirmavam que ele não conseguira levar adiante uma agenda de reformas em razão da oposição dos Estados Unidos e da falta de apoio da comunidade internacional.

A situação econômica haitiana se complicou ainda mais nos últimos anos. Apenas uma parcela pequena da economia formal sobreviveu, e as principais exportações, como café e rum, são praticamente nulas.

As poucas indústrias de peças e montagem de produtos para os Estados Unidos também sucumbiram. O turismo despencou.

A única área que parece registrar crescimento é o narcotráfico. O Haiti tem uma localização ideal para embarcações que levam drogas da América Latina rumo aos Estados Unidos.

Em razão da Aids e de outros problemas de saúde, a expectativa média de vida da população do Haiti é hoje de apenas 49 anos.
Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de proporções catastróficas, com magnitude sísmica 7,0 na escala de magnitude de momento (7.3 na escala de Richter), atingiu o país a aproximadamente 22 quilômetros da capital, Porto Príncipe. Em seguida, foram sentidos na área múltiplos tremores com magnitude em torno de 5.9 graus. O palácio presidencial, várias escolas, hospitais e outras construções ficaram destruídos após o terremoto e estima-se que 80% das construções de Porto Príncipe foram destruídas ou seriamente danificadas. O número de mortos não é conhecido com precisão. Em 3 de fevereiro, o Premiê Jean-Max Bellerive afirmou que já passa de 200 mil o número de óbitos, e o número de desabrigados pode chegar aos três milhões. Diversos países disponibilizaram recursos em dinheiro para amenizar o sofrimento do país mais pobre do continente americano. O presidente norte-americano Barack Obama, afirmou logo após a tragédia que o povo haitiano não seria esquecido, obrigando a comunidade internacional a refletir sobre a responsabilidade dos países que exploraram e abandonaram o Haiti. Segundo as Nações Unidas, o sismo foi o pior desastre já enfrentado pela organização desde sua criação em 1945.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Vulcões


Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes (como cinza vulcânica) "escapam" para a superfície terrestre através de falhas na crosta terrestre. Eles ejetam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, interferindo no clima. São frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, os vulcões apresentam formato cónico e montanhoso. A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre natural, por vezes de consequências planetárias. Assim como outros desastres dessa natureza, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre outros, tendem a desvalorizar os imóveis localizados em suas vizinhanças, prejudicam o turismo, interrompem o tráfego aéreo e consomem a renda pública e privada em reconstruções. Na Terra, os vulcões tendem formar-se junto das margens das placas tectónicas. Existem exceções quando os vulcões ocorrem em zonas chamadas de hot spots (pontos quentes), que são locais aonde o manto superior atinge altas temperaturas. Os solos nos arredores de vulcões formados de lava arrefecida, tendem a ser bastante férteis para a agricultura.

O que é tornado, ciclone, tufão e furacão?

Furacão ou Tufão (como é chamado em alguns países) é uma tempestade um pouco menor, porém, mais vigorosa do que um Tornado, está localizada na zona tropical, com sua banda de nuvens com giro em forma circular, apresentando vento com velocidade acima de 64 nós. O diâmeto de um Furacão é de cerca de 800 km. A área circular no seu centro é conhecida como o "olho do furacão". Tufão e Furacão são a mesma coisa, dois nomes diferentes para ciclone tropical. Em cada parte do mundo ele tem um nome diferente. O ciclone tropical se origina do aquecimento do oceano, a aproximadamente 5º de latitude norte ou sul. Quando a água atinge 27,5º C inicia-se uma depressão tropical, que é formada por muitas e muitas nuvens Cumulonimbus  girando ao redor de um centro de baixa pressão (depressão = baixa). A velocidade dos ventos aumenta até a depressão virar uma tempestade tropical. Quando o vento atinge 64 nós ou 120km/h, então a tempestade torna-se um ciclone tropical ou Furacão. O furacão pode ter mais de 1000 quilômetros de diâmetro. O olho ou centro do furacão chega a ter 20km de diâmetro. No olho o vento é calmo, a pressão é muito baixa e o céu é quase limpo.

Tornado é o distúrbio mais violento da atmosfera; é uma coluna de ar com rotação intensa que se estende a partir da base de uma nuvem de tempestade. Algumas vezes chamados de "twisters" ou CICLONE, podem aparecer como trombas ou grandes cilindros circulares. A maioria tem menos que 1 km e muitos são menores que um campo de futebol. Os ventos em um Tornado nunca alcançam o solo e a maior parte surge da base da nuvem como um funil com rápida rotação. Geralmente mergulham para a superfície e sobem novamente desaparecendo. O tornado se origina de uma única nuvem Cumulonimbus (CB), quando esta atinge o nível de supercélula, ou seja, fica tão grande que começa a despencar. A baixa pressão à superfície faz com que a base da nuvem comece a girar e surge então uma nuvem anexa chamada de nuvem funil. Quando este funil toca o solo passa a ser chamado de tornado. Ele tem alguns metros de diâmetro e seus ventos podem atingir mais de 300km/h.


Terremotos

Terremoto ou abalo sísmico é um movimento brusco e repentino do terreno resultante de um falhamento. Portanto, a ruptura de uma rocha é o mecanismo pelo qual o terremoto é produzido. Essa ruptura causa a liberação de uma grande quantidade de energia, a qual gera ondas elásticas que se propagam pela Terra em todas as direções.
As rochas comportam-se como corpos elásticos e podem acumular deformações quando submetidas a esforços de compressão ou de tração. Quando esse esforço excede o limite de resistência da rocha esta se rompe ao longo de um plano, novo ou pré-existente de fratura, chamado falha.
Normalmente não é o deslocamento na fratura que causa maior estrago, mas sim as vibrações (ondas elásticas) que se propagam a partir da fratura. Na maior parte das vezes a fratura nem atinge a superfície, mas as vibrações podem ser fortes o suficiente para causar danos consideráveis.
As forças tectônicas que causam os sismos são devidas aos processos dinâmicos que ocorrem no interior da Terra, principalmente os lentos movimentos de convecção no manto, responsáveis pela deriva dos continentes.

Abaixo segue um vídeo, relatando um dos mais fortes terremotos, ocorrido na cidade de Kobe, Japão. Onde o grau de magnitude na escala Richter chegou a 7.3! (A escala Richter vai de 0 a 9)


quinta-feira, 26 de abril de 2012

RODA VIVA - Eike Batista


Ele quer ser o homem mais rico do mundo. Ele começou a vida sendo chamado de "o filho", depois ficou conhecido como "o marido". Mas foi à luta e construiu sua própria história. Hoje seu nome é seu maior cartão de visitas, ele é Eike Batista. Empresário sempre em busca de oportunidades, líder na lista dos mais ricos do Brasil, Eike Batista gosta de pensar grande e está no centro do Roda Viva para conversar sobre mineração, petróleo, política, governo e muito mais.

CUBA: o país que parou no tempo.


O bloqueio econômico a ilha de Cuba, surgiu no calor da Guerra Fria (ou seria no ''gelo''), quando a ilha de Fidel Castro aderiu formalmente ao socialismo, entrando para a área de esfera de influência soviética. O fato de Cuba se constituir num aliado da temida União Soviética no Caribe era um "pecado" imperdoável para o governo e a opinião pública dos EUA. A reação americana foi decretar o bloqueio econômico contra Cuba. Algo que poucas pessoas sabem, é que o bloqueio não partiu do presidente dos EUA, mas sim do Congresso Nacional, ou seja, apenas uma votação com maioria exigida de acordo com o regimento das duas câmaras do parlamento norte-americano, poderá reabrir o mercado estadunidense aos cubanos e suspender as demais sanções.

Enquanto o sol soviético brilhava do outro lado do mundo, o bloqueio econômico pouco prejudicou a vida na ilha, já que Moscou comprava açúcar (principal produto de exportação cubano) a preços superiores aos praticados no mercado mundial. Os camaradas do Kremlin, além de comprar açúcar "superfaturado" vendiam petróleo (a matriz energética do país é dependente do petróleo) a preços abaixo da média mundial, tudo em nome da ''camaradagem'' socialista, mas na verdade a União Soviética precisava ''financiar'' o sucesso cubano para afrontar os EUA.

Quando o sol soviético se pôs no Natal de 1991 para nunca mais surgir no horizonte, os problemas econômicos de Cuba, fortemente dependente da URSS assumiram a proporção de calamidade e tragédia.

O injustificável bloqueio americano no contexto de um mundo pós-Guerra Fria, penalizou muito o povo cubano. Sem a ajuda soviética e das nações comunistas da Europa Oriental, Cuba ficou política e economicamente isolada, se tornou uma espécie de ''leproso'' geopolítico, nenhuma grande nação se dispôs a ajudar a ilha a sair da penúria, muito embora, as críticas ao bloqueio econômico façam parte do manual do ''politicamente correto'' para qualquer estadista ou intelectual, contudo, na prática nada foi feito.

Cuba paga caro por sua escolha, a infra-estrutura do país está precária e até mesmo os baluartes do socialismo cubano como educação e saúde sofrem com a crise. A esperança é que o atual presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, mediante negociações de possíveis concessões do governo de Raúl Castro em relação aos direitos humanos, possa influenciar o Congresso Nacional a suspender o embargo.

Serão negociações demoradas entre três entes distintos: Casa Branca, Havana e o Capitólio. O poder nacional cubano nas mãos de Raul Castro, deverá mostrar-se disposto a abandonar velhas práticas stalinistas (como por exemplo, o aparato de repressão), a Casa Branca precisa estar segura e confiante para influenciar e persuadir o Congresso Nacional norte-americano a suspender o bloqueio econômico. Até lá o povo cubano continuará pagando a fatura de um mundo que não existe mais (o mundo da luta Leste-Oeste).

Coca-Cola x Guaraná Antártica

terça-feira, 24 de abril de 2012

Geração Coca-Cola (GLOBALIZAÇÃO)


Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.

Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial

Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Depois de 20 anos na escola
Não é dificil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola

Projeto fotografa há 2 anos lanche de fast-food que não apodrece


Primeira foto do "Happy Meal Project", com o lanche recém comprado (Sally Davies
Primeira foto do "Happy Meal Project", com o lanche recém comprado

A fotógrafa nova-iorquina Sally Davies celebrou nesta terça-feira (10) o segundo aniversário de seu projeto "Happy Meal" (Mc Lanche Feliz), que divulga na internet as imagens fotografadas quase diariamente de um hambúrguer comprado em 2010 em uma rede de fast-food e que, apesar da passagem do tempo, se conserva sem problemas.

 "Eu demoro a acreditar que se passaram dois anos desde o dia em que o comprei. Eu pareço dois anos mais velha, mas para o hambúrguer o tempo não passa", explicou a fotógrafa, que iniciou seu experimento fotográfico em 10 de abril de 2010, quando adquiriu o lanche infantil em um estabelecimento da rede McDonald's.
Desde aquele dia, Davies fotografou repetidamente os componentes do lanche - o hambúrguer, com seu pão, e as batatas fritas - para mostrar a reação dos alimentos à passagem do tempo e comprovar sua opinião de que os produtos não fazem bem para a saúde.
"Continuarei fotografando o hambúrguer até que ele se desintegre, o que pode custar o resto da minha vida natural", explicou a artista, que constatou como nos 730 dias em que se dedica a fotografar esse exemplo de fast-food muito pouco mudou nos componentes do lanche infantil.
Até agora, a única modificação maior é que o pão secou e se partiu em alguns pedaços, enquanto a carne do hambúrguer, após os primeiros dias, ficou "como uma pedra" e encolheu um pouco, e as batatas fritas têm quase o mesmo aspecto.
Davies defende que os alimentos experimentaram certa desidratação mas não iniciaram nenhum processo de putrefação, o que indica as poucas qualidades nutricionais que pode ter "um alimento que não apodrece nem se corrompe com a passagem do tempo".
Conhecido como "Happy Meal Project", o projeto já conta com centenas de fotografias que podem ser vistas no site de Sally e em suas contas no Facebook e no Flickr, onde chegou a ser um fenômeno viral.
Sally iniciou sua carreira artística como pintora há mais de três décadas e suas pinturas apareceram em várias séries de televisão, como a popular "Sex and the City", e ela adotou a fotografia há mais de 15 anos.

Dois anos depois do início do "Happy Meal Project", o lanche ainda tem a mesma aparência e não se decompôs